segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Variedade linguística é tema de redação no Projeto Educação

09/10/2013 07h01 - Atualizado em 09/10/2013 09h33

Variedade linguística é tema de redação 


no Projeto Educação

Regiões do Brasil usam palavras diferentes para uma mesma coisa.
Professora Fernanda Bérgamo falou dos tipos de variação.

Do G1 PE
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O Brasil é o quinto colocado na lista dos maiores países do mundo, com 8,514 milhões de metros quadrados de área. De uma ponta a outra, do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS), em linha reta, são 4,180 mil quilômetros.  Em um país assim, de tamanho continental, é normal que existam culturas diferentes em cada região. Da mesma forma, se comporta a língua, como explicou a professora Fernanda Bérgamo, na reportagem de redação do Projeto Educação, nesta quarta-feira (9).
Em cada estado brasileiro, as pessoas falam de um jeito, com sotaque próprio e, muitas vezes, chamam as mesmas coisas por nomes completamente diferentes. A pipa, por exemplo, também é chamada de papagaio e pandorga. O pão francês também tem muitos nomes – em São Paulo, é pãozinho; no Maranhão, é pão massa grossa; no Pará, careca; os sergipanos chamam de jacó; e os paraibanos, de pão aguado; no Ceará, é pão de sal; em Santa Catarina, pão de trigo; no Rio Grande do Sul, cacetinho.
Essa diferença na forma de falar e escrever se chama variação linguística. “Há a variação histórica. Antigamente, escrevíamos farmácia com ‘ph’, hoje escrevemos com ‘f’. A gente precisa considerar também que, de 2009 para cá, vivemos o período de transição para o Novo Acordo Ortográfico. Até o final de 2015, é aceito escrever ideia, estreia e geleia com acento. A partir 2016, acentuar essas palavras será falha gráfica”, comentou Fernanda Bérgamo.
sotaque se chama de variação regional. “Ela é representada em muitos elementos que recebem nomes diferente dependendo da região. A nossa macaxeira, em algumas regiões é chamada de mandioca e em outras  de aipim. O nosso jerimum é conhecido como abóbora. Além das variações, temos os diversos sotaques”, destacou a professora.
A variação cultural é diferente. Nela, estão as gírias, os jargões e as expressões usadas por grupos diferentes, como os surfistas e cantores de rap. “Os jovens gostam de gírias. Ainda temos jargões profissionais, entre jornalistas, advogados, policiais. E ainda temos o ‘internetês’, que é moderna e faz uso quase abusivo de abreviação e reduções. É compreensível, já que o espaço é pequeno para comunicação. Mas a concisão é boa, porque é característica essencial para um bom texto”, finalizou Bérgamo.

Um comentário:

  1. Sou paraibano natural de Campina Grande, tenho 50 anos e nunca ouvi alguém na paraíba pedindo pão aguado.

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