quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A arte da grafitagem

ARTE

A arte da grafitagem 
O consagrado artista Clovis Irigaray se une a Luis Segadas e Jean Siqueira para relembrar uma das fases mais importantes da sua carreira

Da Redação

Pela primeira vez em sua carreira internacional, o artista plástico Clovis Irigaray estará usando a grafitagem para relembrar seus trações inesquecíveis da série indígena, considerada a mais importante da sua carreira nos anos 70. Irigaray se une aos artistas Luis Segadas e o grafiteiro e tatuador Jean Siqueira para colorir a piscina no Clube Dom Bosco, onde está acontecendo a Mostra de arquitetura e decoração, Morar Mais por Menos 2013. O evento acontece nesta quarta-feira, a partir das 19h30. Tudo acontece onde está instalado do exuberante “Espaço do Fotógrafo, do arquiteto Fernando Bassan. Na abertura da mostra, Irigaray foi homenageado pelo vice-presidente de honra da “Divine Académie Française des Arts, Lettres et Culture”, Nikko Kali, na abertura da mostra.

Clóvis Irigaray começou a pintar no final dos anos 60 e sempre representou um ícone nas artes plásticas do páis. Passou um período afastado e hoje retorna para a alegria dos seus fãs e de novas gerações que tiveram a oportunidade de conhecer seu trabalho em galerias como também da sua história.

Ao falar com a imprensa nas últimas aparições que tem feito, Clovito tem dito que está cheio de ideias, projetos e convites. Seus trabalhos estão em exposição no ambiente “Circulação” das arquitetas Danielle Lucialdo e Catherine Resende na Mostra Morar Mais por Menos no Clube Dom Bosco. Clovito diz que é uma honra voltar ao clube mais tradicional de Cuiabá e grafitar com dois artistas contemporâneos.

Clóvis Huguiney Irigaray, o Clovito, como é carinhosamente chamado, nasceu em 1949, na cidade de Alto Araguaia. Manifestou vocação para o desenho muito cedo, segundo o artista a mãe também tinha facilidade para desenhar. Já no ginásio, em sua cidade natal, obteve o prêmio em concurso de alunos, com “Retrato de Cristo” (1963). Dá inicio à sua carreira em 1968 com a Exposição “Cinco artistas de Mato Grosso”, na galeria do Cine Bela Artes de São Paulo e XXIII Salão Municipal de Belo Horizonte (MG) e diversos outros. Em 1974 participa da Bienal Nacional de São Paulo, e em 1975, além de participar da versão XXIV do salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro, ganha prêmio aquisição no VI salão Paulista de Arte Contemporânea.

Clovito é um dos artistas que mais representa a gênese da pintura moderna em Mato Grosso, ao lado de Humberto Espíndola, João Sebastião, e Dalva de Barros. É por sugestão de Espíndola, que começa a pintar os índios. O índio, segundo Irigaray, é sua grande descoberta e a realização de sua natureza.

Irigaray também desenvolveu em Cuiabá atividades no Museu de Arte e Cultura da UFMT, e em 1975, dá início a sua fase indigenista, através de um enfoque hiper-realista. Desse período para cá diversas exposições, e prêmios em salões.

Entre eles, destacam-se: Galeria de Belas Artes - SP, XXIV Salão de Artes Modernas - RJ, VI Salão Paulista de Arte Contemporânea - SP, Belo Horizonte - MG, Vitória - ES, Rio de Janeiro - RJ, Goiânia - GO, Campo Grande - MS e Cuiabá – MT.



ESPAÇO

A grafitagem como arte de rua ganha cada vez mais espaço nas ruas e avenidas da capital. Jean Siqueira, ao lado de Baboo, Amarelo e muitos outros se destacam como os grafiteiros mais atuantes de Cuiabá. Jean diz que grafitar ao lado de Irigaray e Segadas será emocionante e chama as novas gerações a participar deste momento impar da cultura matogrossense.

Jean Siqueira desde criança demonstrava interesse pela arte, sua principal brincadeira era recriar as ilustrações dos livros de sua avó. À medida que crescia entrou em contato com a cultura urbana, onde conheceu o skate e em seguida a tatuagem e o grafite, que desencadeou a busca por mais informações sobre artes visuais e técnicas acadêmicas de desenho e pintura. No grafite ele pinta personagens com expressões marcantes, desenvolvendo trabalhos pelas ruas de todas as capitais por onde passa. Na pintura a óleo procura retratar figuras do cotidiano. É graduado em Artes Visuais pela Universidade de Cuiabá-UNIC, é técnico em Conservação e Restauro pelo Museu de Artes Sacras de Cuiabá, tem curso de Desenho e Fundamentos da Arte realizado no Palácio da Instrução e aprimorou-se em Estrutura de Pinturas de Cavalete e Conservação Preventiva pela Universidade Federal da Bahia-UFBA. Recentemente assistiu ao Curso de História da Arte e Linguagem Contemporânea ministrado pela professora Aline Figueiredo e participou da sua primeira exposição coletiva no Panorama das Artes Mato-Grossenses, PAM.(com assessoria)



Irigary é

um dos

artistas

que mais

representa

a gênese

da pintura

moderna em

Mato Grosso 

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