sábado, 12 de outubro de 2013

9 tesouros escondidos encontrados em décadas recentes

9 tesouros escondidos encontrados em décadas recentes

O passado não nos dá apenas boas histórias, bem como algumas vezes rende muito dinheiro. Junto com fascinantes resquícios e registros de povos antigos, algumas pessoas já tiveram a sorte de descobrir também tesouros avaliados em milhões ou bilhões de reais. Confira:

1. Templo Sree Padmanabhaswamy

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Em junho de 2011, um tesouro espetacular composto de ouro e pedras preciosas foi encontrado em seis câmaras no subsolo do templo Sree Padmanabhaswamy, localizado na província de Kerala, no sul da Índia.
O tesouro, no valor de cerca de 500 bilhões de rúpias (cerca de R$ 18 bilhões), estabeleceu o templo como um dos mais ricos da Índia. Entre os objetos encontrados estavam colares de ouro pesando 2 quilos, um arco de ouro, uma corda de ouro, pulseiras, relíquias de prata, uma tonelada de ouro em forma de bijuterias, sacos cheios de diamantes, milhares de joias antigas cravejadas com diamantes e esmeraldas, 17 quilos de moedas de ouro da Companhia das Índias Orientais, 18 moedas de Napoleão, pedras preciosas embrulhadas em pacotes de seda e outros itens com selos de 1772.
Sree Padmanabhaswamy foi construído no século XVI pelos governantes do Reino de Travancore, para servir de capela real. Em junho de 2011, o Supremo Tribunal indiano instruiu autoridades do departamento de arqueologia e bombeiros a abrir as câmaras secretas do templo, para a inspeção dos itens mantidos no interior.
Antes da descoberta, o templo mais rico da Índia era Thirupathy, no sul do estado de Andhra Pradesh, que contém objetos no valor de 320 bilhões de rupias (R$ 12 bilhões).

2. Palácio Hanumandhoka

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Em 28 de junho de 2011, um enorme estoque de ornamentos, ouro e prata foi encontrado por operários que estavam reformando uma estrutura secular no Palácio Hanumandhoka em Katmandu, Nepal.
Os tesouros escondidos na sala de armazenamento do palácio datam da época dos reis Malla, que governaram o país antes da unificação do Nepal, ao rei Prithvi Narayan Shah, dois séculos e meio atrás.
O tesouro é composto por três caixas cheias de itens preciosos, incluindo três quilos de ouro e 80 quilos de ornamentos de prata e artefatos valiosos, que foram descobertas em um cômodo que havia permanecido trancado durante séculos.

3. Tesouro romano em Suffolk

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Em 16 de novembro de 1992, um tesouro romano foi descoberto na vila de Hoxne em Suffolk, Inglaterra, no campo de um agricultor.
O rendeiro Peter Whatling tinha perdido um martelo e pediu a seu amigo Eric Lawes, um jardineiro aposentado e detector de metais amador, para ajudá-lo a procurar por ele. Sem querer, Lawes descobriu colheres de prata, joias de ouro e várias moedas de ouro e prata. Após recuperar alguns itens, ele e Whatling notificaram os proprietários das terras e os policiais, sem tentar cavar mais objetos.
No dia seguinte, uma equipe de arqueólogos de Suffolk realizou uma escavação de emergência no local. Todo o tesouro foi escavado num único dia, com a exceção de várias grandes blocos de material deixados intactos para a escavação de laboratório.
O tesouro foi enterrado em um pequeno baú cheio de itens feitos de metais preciosos, classificados principalmente por tipo, com alguns em caixas de madeira e outros menores em sacos ou envoltos em tecido. As moedas datam de 407 dC, que coincide com o fim da Grã-Bretanha como uma província romana. Os proprietários e seus motivos para enterrar o tesouro são desconhecidos, mas o conteúdo parece consistente com o que uma família muito rica pode ter possuído: é composto por 14.865 moedas de ouro, prata e bronze romanas a partir do final do quarto e início do quinto séculos, e cerca de 200 itens de talheres de prata e joias de ouro.
Os objetos estão agora no Museu Britânico, em Londres, onde as peças mais importantes estão em exposição permanente. Em 1993, o Comitê de Avaliação do Tesouro calculou que ele valia £ 1,75 milhões, cerca de R$ 6 milhões (hoje, £ 3,02 milhões, ou R$ 11 milhões).

4. Siebenberg House

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Em 1970, após a Guerra dos Seis Dias, os Siebenbergs se casaram e decidiram comprar uma casa no bairro judeu da Cidade Velha de Jerusalém, em Israel. Uma vez instalado em sua nova casa, Theo Siebenberg estava convencido de que ela tinha sido construída sobre vestígios arqueológicos significativos. Naquela época, as descobertas arqueológicas na área ao redor da casa dos Siebenberg estavam fazendo manchetes. No entanto, os arqueólogos estavam céticos sobre esse “sentimento” de Theo, que decidiu financiar suas próprias escavações.
As escavações realizadas debaixo da casa dos Siebenberg no curso de 18 anos revelaram restos de antigas moradias, salas de corte, micvês (banhos rituais), aquedutos, uma enorme cisterna, e sepulturas que remontam a 3.000 anos até os dias do Rei Salomão e os período do Primeiro Templo, Segundo Templo e Bizantino. Artefatos raros de cerâmica e vidro, mosaicos, moedas, frascos e armas também foram encontrados.
Atualmente, “Siebenberg House” é um museu abaixo da casa no endereço Beit HaShoevá Alley, 5, na Cidade Velha de Jerusalém.

5. Tesouro de Staffordshire

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Em 5 de julho de 2009, Terry Herbert encontrou um tesouro com seu detector de metal enquanto vasculhava um campo perto de sua casa em Staffordshire, Inglaterra.
O tesouro, que se acredita datar do século VII, contém cerca de 5 quilos de ouro e 2,5 quilos de prata. Muitos dos itens são parafernália de guerra, incluindo espadas incrustadas com pedras preciosas. Especialistas disseram que a coleção de mais de 1.500 peças pode ter pertencido à realeza saxônica de Mércia.
Herbert detectava metal há 18 anos, e se deparou com o tesouro enterrado depois de pedir a um amigo fazendeiro se podia analisar sua terra. Normalmente, Herbert fazia o pedido dizendo a frase “Espíritos do passado me levam para onde as moedas aparecem”, mas nesse dia usou a palavra “ouro”, ao invés de “moedas”. “Eu não sei porque eu disse isso naquele dia, mas acho que alguém estava ouvindo e me dirigido a ele [ao tesouro]. Talvez foi o destino, talvez o ouro tinha o meu nome escrito nele, eu não sei”, conta Herbert.
O tesouro foi avaliado em £ 3.285 milhões (cerca de R$ 12 milhões) e agora foi comprado pelos museus Birmingham Museum & Art Gallery e Potteries Museum & Art Gallery.

6. Tesouro Viking

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Em 6 de janeiro de 2007, David Whelan, um empresário semiaposentado de Leeds, e seu filho Andrew descobriram um tesouro usando detectores de metal perto da cidade de Harrogate, em North Yorkshire, Inglaterra.
O tesouro Viking é composto por 617 moedas de prata e outros 65 itens, incluindo ornamentos, lingotes e metais preciosos, que estavam escondidos em uma embarcação de prata revestida com ouro, que foi feita na França ou Alemanha por volta de 900.
As moedas datam a partir do século 10 e vêm de toda a Inglaterra anglo-saxã, bem como partes da Ásia. Os relatórios indicam que suportam símbolos islâmicos, cristãos e pagãos nórdicos pré-cristãos.
Os colares, um dos quais é feito de ouro maciço, mostram evidências de que o tesouro pertencia a um Viking nobre. Um anel de braço de ouro raro (possivelmente da Irlanda) também foi encontrado, juntamente com fragmentos de metal cortados às vezes usados como moeda.
A primeira teoria sobre o tesouro era que tinha pertencido a um líder Viking rico durante o período conturbado que se seguiu à conquista do reino Viking de Northumbria, no ano 927. O Comitê de Avaliação do Tesouro calculou que ele vale £ 1.082.000 (cerca de R$ 4 milhões). O tesouro foi comprado em conjunto pelo York Museums Trust e o Museu Britânico.

7. Tesouro de Ofel

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Em 9 de setembro de 2013, um tesouro foi encontrado durante uma escavação da Universidade Hebraica, ao pé de Monte do Templo em Jerusalém. Consistia de dois pacotes contendo 36 moedas de ouro da época bizantina, ouro e joias de prata, uma medalha de ouro com um menorá, e um medalhão de 10 centímetros com um chifre de carneiro e um rolo da Torá gravado nele.
O tesouro foi enterrado em uma pequena depressão no chão, junto com um medalhão de ouro menor, uma bobina de ouro com um fecho de prata, e dois pingentes.
A descoberta foi feita apenas cinco dias depois da última fase da escavação de Ofel, e pode ser datada do período bizantino tardio (início do século VII dC). O tesouro foi revelado em uma estrutura pública bizantina a apenas 50 metros da parede sul do Monte do Templo.
Dada a data dos itens e a forma em que foram encontrados, os arqueólogos estimam que foram abandonados durante a conquista persa de Jerusalém em 614 dC. As moedas de ouro podem ser dos reinados de diferentes imperadores bizantinos, desde meados do século IV dC ao início do VII dC.

8. Tesouro de Somerset

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Em abril de 2010, Dave Crisp encontrou um tesouro de 52.503 moedas romanas usando um detectador de metais perto de Frome em Somerset, Inglaterra.
De acordo com Crisp, seu detector emitiu um “sinal engraçado”, levando-o a cavar através do solo. Inicialmente, ele escavou 21 moedas no campo. No entanto, quando se deparou com a parte superior de um baú, começou a perceber a importância de sua descoberta e comunicou às autoridades.
Arqueólogos escavaram o pote de um metro de altura e seu conteúdo. O tesouro foi levado para o Museu Britânico para que as moedas fossem limpas e registradas. Elas datavam de 253 a 305 dC e a maioria era de prata ou bronze. A soma era o equivalente a quatro anos de salário de um legionário romano. Pesando 159 quilos, as moedas podem ter sido enterradas como oferenda para uma boa colheita ou clima auspicioso.
O Museu de Somerset, em Taunton, adquiriu o tesouro, que foi oficialmente avaliado em £ 320.250 (mais de R$ 1,1 milhão).

9. Tesouro de Ringlemere

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Em 2001, Cliff Bradshaw, um arqueólogo amador e detector de metal, encontrou um tesouro na fazenda Ringlemere, perto de Kent, Inglaterra.
Sua época de interesse era o início dos anglo-saxões, entre 400 e 600 dC, o que o levou a estudar a região rural de Kent. No curso de suas explorações, ele encontrou uma série de itens, incluindo uma bela correia de prata e muitos fragmentos de broches. O número e a proximidade desses itens o levou a acreditar que não eram simplesmente perdas acidentais, e sim que o local tinha sido um assentamento saxão.
Ao longo de meses, Cliff cuidadosamente verificou todos os cantos da terra. Depois de um tempo, encontrou um broche dourado anglo-saxão, a uma profundidade de 20 a 25 centímetros. Satisfeito, ele continuou sua busca no perímetro, onde encontrou uma taça de cerâmica que se assemelhava a um item do final do período Neolítico (cerca de 2300 aC), mas que podia ser muito mais antigo, razão pela qual notificou as autoridades.
O tesouro foi comprado pelo Museu Britânico por £ 270.000 (cerca de R$ 986.000). O dinheiro foi dividido entre Cliff Bradshaw e a família Smith, dona da fazenda Ringlemere. [Oddee]

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