domingo, 27 de outubro de 2013

Projeto da Usina de Arte apresenta obra de Genésio Fernandes na Galeria Juvenal Antunes

Projeto da Usina de Arte apresenta obra de Genésio Fernandes na Galeria Juvenal Antunes

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A obra de Genésio Fernandes fica em cartaz na Galeria de Arte Juvenal até 15 de novembro (Foto: Assessoria FEM)
A obra de Genésio Fernandes fica em cartaz na Galeria de Arte Juvenal até 15 de novembro (Foto: Assessoria FEM)
No início da noite do dia 21, foi realizado o vernissage do artista plástico Genésio Fernandes. A Fundação Elias Mansour apresenta a exposição do artista plástico, como parte do projeto Trajetórias – Artes Visuais da Usina de Arte João Donato. Suas obras seguem em exposição até o dia 15 de novembro na Galeria de Arte Juvenal Antunes.
A diretora da FEM, Francis Mary Alves, afirma: “Esta ação pretende, além de realizar exposições artísticas, criar espaços de interação e troca de saberes dando visibilidade à produção das artes visuais no Acre”.
O projeto “Trajetórias- Artes Visuais”  permite que em todas as exposições possam ser acompanhadas de projetos educativos onde artistas, alunos, professores e toda a comunidade poderão vivenciar através de oficinas, conversas com artistas e visitas guiadas a prática nas artes visuais.
O artista - Genésio Fernandes nasceu em Maria da Fé – MG. Ele iniciou a carreira como artista plástico em 1967 e morou em Rio Branco entre 1977 -79, onde fundou a primeira escola de arte do estado. Já expôs seu trabalho em vários estados e até fora do país. Esta exposição conta com pinturas do acervo da FEM, do Museu da Borracha e Universidade Federal do Acre (UFAC).
Vale lembrar que a entrada é franca, a visitação é aberta ao público das 8h às 20h e que a Galeria de Arte Juvenal Antunes está localizada no Calçadão da Gameleira, anexo à FEM

Antiga estação de energia é restaurada para abrigar música e artes visuais com entrada gratuita em SP

Antiga estação de energia é restaurada para abrigar música e artes visuais com entrada gratuita em SP


Estação Riachuelo, que estava desativada desde 2004 foi restaurada e transformada em espaço para experimentação artística

Divulgação
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A cobertura da estação terá área de convivência com teto que vai captar a água da chuva para reutilização
No dia 29, será inaugurado o Red Bull Station, espaço destinado para o desenvolvimento das artes, da música e das pessoas. O local terá acesso gratuito e integrará diferentes manifestações artísticas com foco em projetos experimentais de artes e música, além de residência artística permanente.
A exposição de abertura será a Red Bull House of Art, que reúne trabalhos desenvolvidos por 24 artistas que passaram pela residência entre 2009 e 2011. A exposição fica aberta ao público do dia 29 ao dia 23/11, de terça a sábado, das 11h ás 21h. A entrada éCatraca Livre.
A estação de artes foi construída em uma antiga estação de energia desativada na Praça da Bandeira,número 137, no Centro. O prédio foi construído em 1926, tombado em 2002 e adaptado para novo uso. Ele conta com cinco andares e possuí espaços expositivos, ateliês para residência, um estúdio de música, cobertura e uma cafeteria
Divulgação
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Local terá diversas atividades como residência de artistas, exposições, workshops e shows
Residência e experimentações
A primeira residência acontecerá de outubro a dezembro e a segunda temporada entre fevereiro e abril de 2014. Também serão realizadas palestras e workshops durante o período.
Com curadoria de Paula Borghi, os participantes da primeira residência trabalharão em ateliês individuais e suas obras serão expostas no espaço Galeria Transitória, que receberá diversas experimentações.
A população poderá visitar os ateliês individuais, basta marcar agenda para passeio monitorado.
O local também será sede do Red Bull Studio, projeto internacional, que receberá músicos para gravações especiais para internet e workshops com artistas nacionais e internacionais.

Coletânea que reúne os trabalhos desenvolvidos pelos 24 artistas que passaram pela residência artística nos anos de 2009, 2010 e 2011. Na época o projeto teve como endereço o Edifício Sampaio Moreira no centro de São Paulo. Nomes como Sofia Borges e Flávia Junqueira estão entre os que passaram pela residência. A exposição abre as atividades da temporada 2013/2014, que passa a ter como endereço fixo o Red Bull Station. Instalações, vídeo instalações, pintura e fotografia fazem parte da exposição. Quando: de 29 de outubro a 23 de novembro de 2013 Horário: terça a sábado, das 11h às 21h Entrada franca

Exposição Arte da Gente

Exposição Arte da Gente 


14/10/2013
 
A exposição Arte da Gente, que reúne grandes nomes das artes plásticas e artesanato piauienses, será aberta nesta quinta-feira (17), às 9h30, no Palácio de Karnak. A sede do Governo estadual abrigará obras de nomes famosos como Nonato Oliveira, Afrânio Castelo Branco, Lucílio de Albuquerque, Amaral, Gabriel Archanjo, Braga Tepi, Fátima Campos, Dora Parentes, Stênio Rocha, Rogério Albino, Mestre Dezinho, Dalva Santana, Mestre Expedito, Yolanda Carvalho, Mestre Portelada, Naza, João Oliveira dentre outros nomes reconhecidos e premiados. 
De caráter educativo, Arte da Gente pode ser visitada até o dia 31 de outubro, no Salão Branco. O público pode apreciar uma instalação dos estudantes do curso de artes visuais da Universidade Federal do Piauí, sob a coordenação da professora Adriana Galvão e a arte de Hudson Melo. A entrada é gratuita. 
A iniciativa foi organizada pelo Governo do Estado, através da Coordenadoria de Comunicação (CCom) e da Fundação Cultural do Piauí (Fundac) e marca o mês do Piauí.  A exposição é formada pelo acervo que pertence à Pinacoteca do Museu do Piauí - Casa Odilon Nunes e as outras peças foram cedidas pelos próprios artistas.
A mostra, segundo o coordenador de Comunicação, Fenelon Rocha, tem como finalidade abrir o Palácio de Karnak para a arte piauiense para que o público possa prestigiar o talento e a originalidade do artista local, uma edificação de arquitetura clássica, com jardins projetados por Roberto Burle Marx e tem também obras de arte de vários artistas, como do próprio do Burle Marx.
Na abertura da exposição, os professores de arte receberão ainda um kit com catálogo e pequeno resumo sobre o artista e obra, camiseta, caderno de atividades e um CD com imagens das peças expostas para os educadores possam trabalhar o conteúdo em sala de aula.
Arte da Gente reúne os mais diversos gêneros da pintura e mostra a diversidade do talento piauiense, como as esculturas em ferro, de Braga Tepi e a arte santeira dos Mestres Expedito e Dezinho. A religiosidade está presente não só nas esculturas, mas também na pintura. Na exposição, os artistas retratam o sertanejo, praças de Teresina, a ecologia e mostram, com muita originalidade, a figura humana.
A exposição é aberta ao público, de segunda a sexta, das 8h às 18h e as visitas podem ser agendadas através dos telefones 2107 3331 e 3221 6027.
Fonte: Ccom

Conexão animada

Conexão animada

Publicação: 26 de Outubro de 2013 às 00:00

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O cinema de animação conecta 230 cidades de 30 países, dos cinco continentes, nesta próxima segunda-feira (28), data em que se comemora o Dia Internacional da Animação, com exibições simultâneas de curtas metragens às 19h30 – independente do fuso horário. No Rio Grande do Norte, as sessões gratuitas com Mostras Infantil, Nacional e Internacional acontecem em Natal, Currais Novos, Pipa, Nísia Floresta e São José de Mipibu. Produções vindas da Polônia, Portugal, Rússia, Estados Unidos, Dinamarca, Uruguai e de vários estados brasileiros estão na programação. Na capital potiguar as sessões acontecem a partir das 14h, no Solar Bela Vista, onde também haverá espaço para um bate-papo com o editor, finalizador e animador Paulo Aldiro.
DivulgaçãoNo Dia Internacional da Animação, filmes como Something left something taken serão exibidosNo Dia Internacional da Animação, filmes como Something left something taken serão exibidos

As exibições fazem parte de um projeto multinacional que completa 10 anos agora em 2013, e Natal recebe pela quinta vez os filmes. “Cada cidade tem uma coordenação independente, com liberdade para realizar ações distintas durante a semana do evento. O único compromisso em comum é quanto a sessão do dia 28 às 19h30”, disse a produtora Keila Sena, responsável pela versão natalense do projeto, que no Brasil conta com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura. Keila adiantou que em 2014 a meta é ampliar as sessões para, além das cinco cidades, outros 29 municípios do RN.

Crianças atendidas pelo GACC e pela Casa do Bem foram convidadas para assistir a Mostra Infantil no Solar Bela Vista, mas a produtora avisa que toda a programação é aberta a qualquer pessoa interessada. “Vamos ter sorteio de camisetas e distribuição de pipoca”, adiantou Keila. Aqui no Estado, Nísia Floresta e Currais Novos também recebem filmes com audiodescrição e janela de Libras para sessões especiais voltadas para pessoas com deficiência visual e auditiva.

A realização do evento é da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), que recebeu 115 inscrições de curtas nacionais para a edição 2013 – destes, onze estão na Mostra Nacional enviada a vários países como parte do intercâmbio de filmes onde se comemoram a data. O objetivo do projeto é de despertar o interesse do público em fazer cinema de animação, revelar talentos e o intercâmbio cultural. O Brasil é o país onde se faz o maior evento de celebração da animação no mundo. Informações e programação disponíveis na página eletrônica diadanimacao.com.br. 

TV Cultura estreia Viajando aos Extremos

TV Cultura estreia Viajando aos Extremos

Publicação: 26 de Outubro de 2013 às 00:00

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Reinos budistas do Butão, montanhas e estepes da Mongólia, o Pantanal do Brasil, Ásia selvagem da Indía e do Nepal, deserto do Saara e muitos outros locais intocados pelo homem estão presentes na série Viajando aos Extremos, do fotógrafo norte-americano Art Wolfe. Estreia neste domingo (27/10), às 17h (16h no horário local), na TV Cultura.
DivulgaçãoPrimeira parada: planaltos da BolíviaPrimeira parada: planaltos da Bolívia

Composta de 26 episódios, a atração será exibida em duas temporadas. O programa de estreia é Bolívia: O Altiplano, que mostra as paisagens deslumbrantes do maior terreno de sal do mundo, a ilha de cactos dourados, lagos escarlate-matizados, vulcões gêmeos e céus surreais.

Mais do que um lunar terrestre na aparência, o planalto da Bolívia é uma terra perdida no tempo. No documentário, Art Wolf e também explica as técnicas que usa para fotografar. “Natureza sempre me surpreende”, diz o fotógrafo.

Com mais de  30 anos de carreira, Art Wolfe, apaixonado pela natureza e pelo seu ofício, já fotografou os cinco continentes, que lhe rendeu vários prêmios dentre eles  Outstanding Nature Photographer of the Year, concedido pela North American Nature Photography Association. Wolfe também é membro da lista de fotógrafos de elite “Explorers of Light”, elaborada pela Canon.

A primeira temporada é composta  pelos episódios: Alasca: Baía das Geleiras; Patagônia: Torres del Paine; Alasca: Costa de Katmai; África: Madagascar; Alasca: Refúgio Nacional Ártico da Vida Selvagem; Peru: Manu; Quênia: Masai Mara e Laikipia; Patagônia: Monte Fitz Roy; Sudoeste Norte-Americano: Zion e Cânion de Chelly; Índia: de Varanasi ao Parque Nacional Bandhavgarh; Atlântico Sul: Ilha Geórgia do Sul; e Etiópia: O Vale do Rio Omo.

A exposiçõa Digi-Foto-Arte em cartaz na Pinacoteca do Estado

A exposiçõa Digi-Foto-Arte em cartaz na Pinacoteca do Estado

Publicação: 18 de Outubro de 2013 às 00:00

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A presença de possibilidades expressionistas, abstratas e surrealistas na fotografia digital, entre outros movimentos que pontuaram a cronologia das artes visuais, é o mote da exposição internacional Digi-Foto-Arte. Em cartaz no Forte dos Reis Magos a partir deste sábado (19), com abertura marcada para às 15h, a mostra traz imagens premiadas de profissionais que atuam na Alemanha, Grécia, Suíça e Brasil. A realização é do projeto APC15 – Intercontinental 15 Art Photo Club, em parceria com a Pinacoteca do Estado. Vale registrar que a partir do dia 22, terça-feira, as imagens serão remanejadas para galeria da Pinacoteca.
ReproduçãoFotografia digital é destaque na exposição internacional que abre na próxima terça-feira, no Forte dos Reis MagosFotografia digital é destaque na exposição internacional que abre na próxima terça-feira, no Forte dos Reis Magos

Criado há pouco mais de um ano pelo suíço Alain Gegauf, cidadão do mundo que também passa parte do ano em Natal, o projeto APC15 começa a aparecer agora para o público com o propósito principal de divulgar os 15 ‘foto-artistas’ selecionados e ampliar o conhecimento em torno dessa vertente fotográfica – Alain trabalha com uma equipe de sete pessoas e pode ser encarado como mecenas. A única fonte de renda vem da comercialização dos catálogos e calendários produzidos a partir das imagens, produtos disponíveis para compra aqui em Natal.

“Não pensamos em aumentar este número (15 fotógrafos), pois queremos primar pela qualidade”, adiantou o suíço, que disse ter reservado uma vaga na seleta lista para um potiguar. Ele garante que ainda não tem ninguém do RN em vista, e, por enquanto, o paulista Flávio Torres é o único brasileiro presente na mostra. “Queremos oferecer visibilidade a esta nova forma de expressão e aos fotógrafos de referência adeptos desta arte, sem pensar em lucro, política ou qualquer outra intenção que não seja a de divulgação. E a finalidade de expor aqui em Natal é justamente para escolher um nome local”, reforça.

As reproduções expostas tem dimensão de 60 cm por 40 cm, “mas queremos chegar a 1,2 m x 80 cm para mostrar a potência que as imagens têm”. Para Alain, o resultado obtido “é possível graças às novas tecnologias, um campo em constante movimento e desenvolvimento”.

Antes de estar atrelado à fotografia digital, o nome de Alain Gegauf estava fortemente vinculado a divulgação das artes visuais (pinturas e esculturas); nos anos 1970 e 80 trabalhou com o conterrâneo H. R. Giger, artista plástico e designer responsável pelo visual do filme “Alien, o 8º passageiro” (1979) – inclusive a planos de trazer uma exposição de Giger para Natal.

Serviço: Exposição “Digi-Foto-Arte”, do projeto APC15. Abertura neste sábado (19), às 15, no Forte dos Reis Magos. A partir do dia 22, a mostra estará disponível para visitação na Pinacoteca do Estado. Informações: apc15.com.br.

Talento da pintura é descoberto em obra de construtora

Talento da pintura é descoberto em obra de construtora
Pedro Pereira pinta suas telas no horário de almoço
Pedro Pereira pinta suas telas no horário de almoço (Foto: divulgação)
Quem acha que em uma construtora existem apenas pedreiros, técnicos, engenheiros e outras funções direcionadas à construção civil, se engana, pois na obra Vivendas do Bosque existe um verdadeiro Claude Monet, o auxiliar de pedreiro Pedro Pereira Souza.

Há um ano como colaborador de uma construtora, Pedro enxergou no horário do almoço o momento ideal para pintar suas telas ao melhor estilo do ‘impressionismo’ e exibir suas obras de arte.

“Desde criança gostava e tinha talento pela pintura. Os professores na escola sempre me incentivaram, e até ganhei um curso de pintura de um dos meus professores. Além da minha irmã, tive muito apoio do engenheiro responsável pela obra, Carlos Henrique”, afirma o artista da obra.

Com talento de sobra, o pintor de apenas 20 anos de idade, já tem lucro com as vendas das telas. “As pinturas dele são muito boas. Vimos como uma iniciativa à arte, selecionar um horário de descanso para que Pedro pinte na frente dos colegas”, explica o engenheiro Carlos Henrique Valeriano.
Com ênfase na luz e no movimento, Pedro desenvolve a sua arte. Assim como os grandes pintores impressionistas do século XIX, ele pinta suas telas ao ar livre, no ambiente do canteiro de obra, para melhor capturar as nuances da luz.
Com quadros alegres e vibrantes, os olhos dos colaboradores do Vivendas do Bosque são presenteados todos os dias. A arte do auxiliar e pintor Pedro tem a predominância dos contrastes, da natureza, transparências luminosas, claridade das cores, sugestão de felicidade e de vida harmoniosa, tais como aparecem nas imagens criadas pelos impressionistas.
Fonte: Assessoria de imprensa

Estímulos conferem novo contorno às artes visuais

Estímulos conferem novo contorno às artes visuais

Porto Alegre figura em sexto lugar nesse segmento, perdendo posição para outras capitais, como Belo Horizonte e Goiânia
Roberta Mello
ANTONIO PAZ/JC
Presser afirma que retração não é fruto apenas da situação econômica, mas de hábitos comportamentais
Presser afirma que retração não é fruto apenas da situação econômica, mas de hábitos comportamentais
O mercado de artes visuais, como não poderia deixar de ser, está diretamente ligado à conjuntura econômica, e, consequentemente, aos setores educacional e cultural no espaço no qual está inserido. O Brasil dá mostras de crescimento nessa área, principalmente com o fortalecimento de feiras como a SP-Arte e a ArteRio e o aumento maciço de galerias. Porém, como em muitos outros segmentos, o que está fora do eixo Rio-São Paulo não apresenta um desenvolvimento comparável ao dos dois estados.
No Rio Grande do Sul, os movimentos dos anos 1980 e a formação de uma cena cultural forte traziam a expectativa de que o Estado se manteria em posição privilegiada. Época de efervescência artística consolidada pelo surgimento de galerias até hoje importantes, como a Bolsa de Arte e a Arte&Fato, pelo “boom” do mercado de arte internacional e pela abertura política no Brasil, a década foi berço do denominado “retorno à pintura” e da “Geração 80”. Nesse período, apesar de não contar com estimativas oficiais, acredita-se que Porto Alegre figurava em terceiro lugar entre as cidades com maior mercado no Brasil. Hoje, segundo artistas e analistas do mercado, a Capital está em sexto lugar no ranking, perdendo posição para cidades como Belo Horizonte e Goiânia.
O jornalista, crítico de arte e fundador da galeria Arte&Fato, Décio Presser, diz que a instabilidade econômica nacional dos anos 1990 desestimulou a formação de uma nova geração de colecionadores. No entanto, o coautor do Dicionário das Artes Plásticas no Rio Grande do Sul lembra que a retração no mercado visual, principalmente de artes plásticas, não está ligada apenas à piora nos índices da economia gaúcha, mas também a certos hábitos comportamentais da população. “O público gaúcho é muito conservador.” Além disso, para o crítico, há uma cultura sazonal de interesse em categorias artísticas. “Quando está acontecendo a Feira do Livro, o Festival de Teatro ou a Bienal do Mercosul, todos vão a esses lugares, que servem como divertimento a mais. Mas e no resto do ano?”, indaga.
Artista visual e mestre pela Ufrgs com pesquisa focada no mercado artístico da Capital, Felipe Caldas pontua ainda que o consumo de arte não é só uma questão de preferência estética, mas algo a ser  fomentado pelo ensino e estímulo ao gosto pela arte, logo, uma responsabilidade das escolas e da família. “Como diz o escritor Pierre Bourdieu, o gosto pela arte é fruto do hábito. Nós aprendemos a gostar e admirar a arte quanto mais experiências temos”, pontua.
O mercado gaúcho teve uma evolução muito pequena nos últimos anos se levarmos em conta o surgimento de grandes galerias. Prova disso é que, do total de 44 associadas à Associação Brasil de Arte Contemporânea (Abact), 26 delas são de São Paulo, 11 são do Rio de Janeiro e apenas uma é do Rio Grande do Sul - a Bolsa de Arte, de Porto Alegre. Pesquisa da Abact mostra que as galerias do mercado primário comercializaram cerca de 6.700 objetos em 2012. Já a publicação da feira de arte holandesa, Tefaf Art Market Report 2013, em um capítulo sobre o Brasil, apontou que o mercado brasileiro representa 1% do mundial – o que significa a movimentação de cerca de € 455 milhões em 2012. Portanto, se for levado em conta que do total de galerias pesquisadas pela Abact apenas uma é gaúcha (2% do montante pesquisado), esses números podem ser vistos como assustadores.
No entanto, tanto Décio Presser como Felipe Caldas afirmam que esses dados não podem ser levados ao pé da letra. Galerias como o Atelier Subterrânea, a Galeria Virtual VendoArte e a Urban Arts Porto Alegre são exemplos que ajudam a oxigenar a cena cultural da cidade. Nesse contexto, as iniciativas híbridas, a criação de novas dinâmicas socioculturais e a maior interlocução do espaço artístico - ainda visto como sacro por muitos - com os cidadãos comuns se ratificam como as principais apostas do mercado.

Precificação de obras leva em consideração diversos fatores

Longe de querer transformar o mercado em vilão, o artista visual Felipe Caldas prega que os artistas precisam entender suas dinâmicas e não ficar nas mãos dos galeristas. Para ele, atualmente, como em outras profissões, “a mercadoria é o artista”. Ainda que a afirmação pareça contrariar a imagem da figura de quem faz arte como alguém que precisa estar alheio ao mercado, é exatamente essa a lógica utilizada na precificação das obras.
O mercado de artes visuais é um dos mais incertos. Ao contrário de um produto industrializado, a precificação de uma obra é subjetiva e leva em conta fatores como o currículo do artista, sua fama, onde já expôs e até mesmo suas relações sociais, além do valor simbólico da obra de arte e do próprio gosto de quem a avalia.
Dessa forma, tudo o que cerca o pintor, escultor, fotógrafo, ou qualquer outro indivíduo incluído no segmento, contribui para a avaliação de sua obra. Assim, a conclusão de que o próprio artista se torna uma espécie de marca é bastante aceitável. “O valor das obras precisa ser mensurado porque o artista precisa comer. Mas com certeza o mercado de artes é baseado na mentira e na distinção”, revela Caldas, lembrando o quanto essa dinâmica está presente em outros setores da sociedade capitalista.
Por isso, o galerista Décio Presser é categórico: “o mercado de arte na verdade não existe, é uma ilusão, aqui tudo é uma aposta”. E não vale a pena adquirir uma obra pensando na sua valorização, pois apenas uma minoria vai valer mais com o tempo. Espaços e eventos fomentam o gosto por cultura e estimulam o desenvolvimento do mercado em sentido amplo. Apesar da retração nos anos 1990, o mercado de arte vem se recuperando, principalmente se for encarado em um sentido mais amplo do que simplesmente a compra e venda de obras. Como explica o artista e pesquisador Felipe Caldas, “é preciso entender o mercado de arte em sentido lato”.
Daí a importância de fomentar a cultura e o interesse pelas artes visuais através de iniciativas como a Bienal do Mercosul. Para formar não apenas colecionadores, mas apreciadores. “A Bienal traz uma grande efervescência cultural conectando Porto Alegre ao centro do País, ao Mercosul e ao mundo”, explica um dos curadores desta edição do evento, Bernardo de Souza.
Mais do que as galerias, a Bienal, assim como os museus, porém estes em proporção menor, “têm o dever de dar espaço a jovens artistas e de ajudar a dinamizar a vida cultural da cidade”, explica Souza. Além disso, lembra Bernardo, museus e eventos anuais ou bianuais como a Bienal acabam gerando empregos diretos e indiretos. Além da Bienal, instituições gaúchas como o Museu de Arte Contemporânea (Macrs), Museu de Artes do RS (Margs), Santander Cultural e a Fundação Iberê Camargo também desempenham papel importante no segmento. Ainda que o trabalho desenvolvido por estas gerem divergências entre artistas, curadores, galeristas e apreciadores de arte, um ponto beira a unanimidade: quando bem explorada, arte pode movimentar a economia.
E foi a partir do momento em que governo e iniciativa privada enxergaram o retorno econômico oriundo da valorização do patrimônio histórico cultural, do artesanato e das diferentes manifestações artísticas que a cena teve uma nova guinada. A criação de núcleos de Economia Criativa no Estado e nos municípios são uma das muitas provas disso.

Iniciativas democratizam mercado e diversificam consumidores


ANTONIO PAZ/JC
Urban Arts foge do modelo e oferece arte a preços acessíveis, diz Heller
A principal forma apontada pelos especialistas de reavivar o mercado é através da educação e da democratização das artes visuais. E um espaço descolado, com música animada e produtos a preços acessíveis, pode ser ideal para desconstruir a ideia de que uma obra de arte (em sentido restrito) é um privilégio de quem pode pagar caro por ela. A fim de provar que é possível adquirir uma obra a um preço acessível, surgiu a Urban Arts Porto Alegre, galeria especializada em acervo digital que nasceu em São Paulo há cerca de dois anos e chegou a Porto Alegre há apenas seis meses.
O conceito da Urban Arts se afasta do modelo de galerias tradicionais não apenas pela venda de produtos baratos, que podem servir até mesmo de presente, mas pelo tipo de acervo: o digital. Com mais de 5 mil obras, a galeria mantém um site através do qual o comprador pode escolher a imagem, a superfície onde será feita a impressão e o melhor tamanho.
Aliado à venda de pôsteres, canecas, camisetas, agendas e outros, o espaço organiza, mensalmente, exposições com obras originais de artistas gaúchos em consonância com o conceito jovem do espaço. Um dos sócios, o administrador de empresas Fernando Heller, destaca ainda que a galeria pretende ser realmente um espaço de venda de obras e quer que as pessoas se sintam à vontade para comprar. “Temos a política de fixar junto à descrição da obra o valor para que os compradores fiquem mais à vontade”, diz Heller.
Prova disso é que há seis meses a Urban Arts tinha apenas três lojas físicas no estado de São Paulo, duas delas na capital. A franquia de Porto Alegre foi a primeira fora de São Paulo. Hoje, já existem nove franquias espalhadas pelo País, e o mercado não para de crescer. As obras têm um limite máximo de 250 reproduções, e os artistas ganham uma percentagem
O principal chamariz do espaço são, sem dúvida, os pôsteres, que custam a partir de R$ 39,00, mas Heller disse que muitos visitam o espaço achando que nem vão ter condições de comprar muitas coisas, mas acabam levando. “Muitos chegam aqui achando que arte é algo inatingível e, ao comprarem uma peça da loja, estão levando arte para casa. Isso é o mais legal”, festeja o jovem aventureiro no mercado de galerias.
A galeria Arte&Fato também passa por uma reinvenção. Deixando um pouco de lado o público jovem que buscava atrair no início de sua história, o foco agora são clientes adultos, com maior estabilidade econômica. Sempre focada em artistas locais, nos dois espaços amplos da galeria localizada na avenida Protásio Alves, é possível encontrar desde obras de cerca de R$ 500,00, ou menos, até de R$ 25 mil, valores que, segundo o galerista, tornam possível a aquisição para a população de classe média e rica. “Mas para melhorar o mercado, só mudando a cabeça do gaúcho. As pessoas hoje estão mais preocupadas em investir em informática, carros e apartamentos de luxo, as obras de arte são a segunda opção”, lamenta o galerista Décio Presser.
Se um dos pilares atuais de sustentação do desejo pela arte é a distinção social, ao aceitarmos o mercado como algo maior, notamos que é a sua democratização que fará com que ele sobreviva. A grande reprodutibilidade técnica da arte combinada com o aumento do poder de compra de uma camada da população antes esquecida lançam novos desafios a galeristas e artistas. A arte é calcada na (re)invenção. O mercado de arte não pode ser diferente.